Ser solteiro e católico: como tudo começou? (1/7)

por António Pimenta de Brito

Quando nos propuseram a mim e à Marta fundar o site datescatolicos.org, a reação não foi logo afirmativa, mas depois de conhecermos o trabalho feito e em como já tinham sido trilhados 10 anos deste caminho e vários casamentos realizados, cedo percebemos que apareceu na melhor altura do nosso desenvolvimento profissional e pessoal. Uma consequência de um percurso, eu como gestor e com experiência na área de comunicação e marketing, a Marta como investigadora e psicóloga.

Agradecemos também a Deus pela graça de poder ajudar tantas pessoas a pensar e encontrar o seu caminho através deste meio. Porque acreditamos tanto no casamento e pelo nosso percurso profissional, pudemos fazer o “connect the dots”, como dizia Steve Jobs. Juntar os pontos significa perceber o termo de um caminho, a consequência de tudo o que aprendemos. Havia algo que podíamos dizer e fazer. Além de sermos suficientemente “loucos” para abraçar um projeto destes! “Loucos” não no sentido do projeto ser impossível, mas por ter algo de “subversivo”, como dizia o nosso grande amigo, o Dr. António Pinto Leite.

O casamento é a “célula da sociedade”, mas os tempos mudam e nem sempre é visto assim. E nós, quais “desajustados”, mas também inconformados com desistências, viemos falar, não só de “compromisso”, não só de “amor”, mas de casamento! Algumas pessoas ficaram desconcertadas. “Casamento”? Palavra tão dura. É todo um programa! É claro que ajudou o espírito austríaco/ alemão de assumir as coisas. Eles se querem falar de algo, falam, desembucham (em geral). Não ficam no politicamente correto. Também é verdade que à volta desta instituição, como tudo o que vale muito, é frágil. É preciso por isso abordá-la com alegria, mas com um profundo respeito por todas as situações e lutas individuais. Não queremos ser um julgador indiferente, mas um amigo compreensivo. O casamento dos fundadores também não é fácil, mas como Pessoa dizia, “tudo vale a pena, se a alma não é pequena”.

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